Alguns anos já se passaram desde a minha Primeira Comunhão... lembrei-me disso poque hoje fui à missa de Primeia Comunhão de um afilhado (Estou envelhecendo mesmo!) e tentei me lembrar de como foi a minha... e quase nada me veio à memória, se considerarmos a importância do evento na vida da criança.
Conversando com uma amiga que se sentou ao meu lado, lembramos de nossas roupas da Primeira Comunhão... horrorosaaaas! Muito ruins mesmo! Seria muito mais interessante se fossem como as de hoje, uma espécie de batina branca, com direito a coroinha de flores, para as meninas, claro.
Olhando as crianças vestidinhas de branco sentadas lá na frente, lembrou-me o mal que passei pela demora da celebração, era verão, igreja lotada, a celebração já passava de duas horas e minha pressão baixa resolveu dar sinal... achei que ia desmaiar, mas consegui me segurar, graças à minha madrinha que trouxe um copo d'água.
Lembrei-me também do padre que celebrou, quer dizer, no meu caso, era um Frei, muito querido pela comunidade e que não vejo há anos... lembrando do Frei, me veio a confissão. Ele nos mandou escrever os pecados num pedaço de papel, imaginem isso! Eu, sentada num dos bancos, tímida que era aos dez anos de idade, achava aquilo ótimo, assim era mais fácil encarar o representante divino...
Mas a minha lembrança mais forte é do dia do ensaio da comunhão, dia em que as catequistas (da minha catequista não me lembro!) tentam "treinar" as crianças para que sejam comportadas, sigam os rituais da Santa Missa com exatidão e não as deixem envergonhadas diante da comunidade. A minha lembrança não é das músicas, dos ritos, e muito menos dos meus colegas (não me lembro de nenhum deles! Meu Deus que memória é essa??), mas de uma cena que nunca mais me esqueceu... eu sentada num dos bancos da Igreja, batendo os pés no chão de ansiosa que já era naquela época, resolvo olhar para trás... lá estava meu tio querido qu fora acompanhar o ensaio, meu tio Cacá, presença constante em cada momento da minha infância, talvez meu companheiro mais fiel, um dos meus amores mais fortes... e que papai do céu levou embora no ano seguinte!
Que saudade do meu tio!