É impressionante a capacidade que as pessoas têm de se apaixonar... já perdi a conta das vezes em que me encontrei envolvida em tal situação. Não que eu tenha tido muitos amores, não vão pensar mal de mim, mas já tive alguns, fui alvo de outros e acompanhei muitos... e quantos... Sabem como é mulher, em qualquer idade, está sempre metida em casos amorosos, quando não os seus, os dos outros. A vida toda. Parece que nunca passa.
Os sentimentos são loucos. Ou nós todos somos. Tenho pensado que sentimentos são apenas burrice, quando não se convive bem ou quando não se vive bem sozinho se projeta em outra pessoa tudo o que se gostaria de ter para si. Não o que gostaria de ser. Mas o que se gostaria de possuir. Aí já começam os problemas! A possessividade que permeia os “sentimentos” entre os sexos é um de nossos maiores vilões. E praticamente é o essencial. Não sei se existe qualquer “sentimento” sem o mínimo de possessividade. E não digo apenas que é “você é meu”, ou “quem sabe o que é bom pra você sou eu, eu é que conheço essa raça (pode ser homem ou mulher)”.
Acho, sinceramente, que os demais prováveis problemas de uma relação tornam-se pequenos diante a possessividade. Ou mais que isso, são todos contidos nela ou continentes dela. O ciúme é possessividade pura. O egoísmo, ou egocentrismo, também pode ser demonstração de poder, se você pensa só em si, o outro deve viver em sua função, deve ser SEU servo.
Todos lutamos contra isso, apesar de sermos todos um pouco assim. E o que será que acontece se isso não está presente num relacionamento? Quase ninguém passa por isso na vida. Mesmo com toda a modernidade, que quebra os padrões até dos casos de amor, nos surpreendemos se nos deparamos com liberdade demais.
Imagina o que aconteceria com um rapaz de família tradicional que descobrisse, de repente, que a moça pela qual ele tem alimentado um grande sentimento há tempos – mas sem muitas esperanças – está interessada nele e disposta a fazer tudo para que eles fiquem juntos. O normal seria esse cara ficar feliz da vida e se entregar a esse amor finalmente correspondido, esquecendo as possíveis dificuldades que lhes aguardam. Mas, e se ela não for exatamente uma moça “normal”? E se ela for independente, livre, decidida e disposta a viver um relacionamento amoroso aberto, construído à base de diálogo, com cada um expondo suas emoções e questionando as do outro o tempo todo? E se ela não se importar com padrões, com nenhum deles, financeiros, etários ou hierárquicos? E se ela quiser sempre impressioná-lo, comprando presentes, pagando os jantares, ou simplesmente, fazendo convites – dos mais simples aos mais ousados?
Pode ser que esse protótipo – seja da idade que for – de eterno macho machista não compreenda a posição moderna e não-possessiva que sua anteriormente quase mulher-ideal tomou, a de futura mulher moderna-livre-compreensiva, que paga contas, que faz convites, que ousa dizer a ele na praia “Olha aquela garota ali, tem um corpaço, hein!”.
Complexo? Não, muito simples: os homens não evoluem, gostam de ser eternos homens das cavernas, toscos e irracionais, mas dominadores, daqueles que arrastam as mulheres pelos cabelos e o único som que as ouve produzir são pequenas manifestações de dor – quando puxadas pelos cabelos – ou de prazer, que dispensa comentários. E, aliás, estes são os únicos com os quais eles realmente se importam.
Os sentimentos são loucos. Ou nós todos somos. Tenho pensado que sentimentos são apenas burrice, quando não se convive bem ou quando não se vive bem sozinho se projeta em outra pessoa tudo o que se gostaria de ter para si. Não o que gostaria de ser. Mas o que se gostaria de possuir. Aí já começam os problemas! A possessividade que permeia os “sentimentos” entre os sexos é um de nossos maiores vilões. E praticamente é o essencial. Não sei se existe qualquer “sentimento” sem o mínimo de possessividade. E não digo apenas que é “você é meu”, ou “quem sabe o que é bom pra você sou eu, eu é que conheço essa raça (pode ser homem ou mulher)”.
Acho, sinceramente, que os demais prováveis problemas de uma relação tornam-se pequenos diante a possessividade. Ou mais que isso, são todos contidos nela ou continentes dela. O ciúme é possessividade pura. O egoísmo, ou egocentrismo, também pode ser demonstração de poder, se você pensa só em si, o outro deve viver em sua função, deve ser SEU servo.
Todos lutamos contra isso, apesar de sermos todos um pouco assim. E o que será que acontece se isso não está presente num relacionamento? Quase ninguém passa por isso na vida. Mesmo com toda a modernidade, que quebra os padrões até dos casos de amor, nos surpreendemos se nos deparamos com liberdade demais.
Imagina o que aconteceria com um rapaz de família tradicional que descobrisse, de repente, que a moça pela qual ele tem alimentado um grande sentimento há tempos – mas sem muitas esperanças – está interessada nele e disposta a fazer tudo para que eles fiquem juntos. O normal seria esse cara ficar feliz da vida e se entregar a esse amor finalmente correspondido, esquecendo as possíveis dificuldades que lhes aguardam. Mas, e se ela não for exatamente uma moça “normal”? E se ela for independente, livre, decidida e disposta a viver um relacionamento amoroso aberto, construído à base de diálogo, com cada um expondo suas emoções e questionando as do outro o tempo todo? E se ela não se importar com padrões, com nenhum deles, financeiros, etários ou hierárquicos? E se ela quiser sempre impressioná-lo, comprando presentes, pagando os jantares, ou simplesmente, fazendo convites – dos mais simples aos mais ousados?
Pode ser que esse protótipo – seja da idade que for – de eterno macho machista não compreenda a posição moderna e não-possessiva que sua anteriormente quase mulher-ideal tomou, a de futura mulher moderna-livre-compreensiva, que paga contas, que faz convites, que ousa dizer a ele na praia “Olha aquela garota ali, tem um corpaço, hein!”.
Complexo? Não, muito simples: os homens não evoluem, gostam de ser eternos homens das cavernas, toscos e irracionais, mas dominadores, daqueles que arrastam as mulheres pelos cabelos e o único som que as ouve produzir são pequenas manifestações de dor – quando puxadas pelos cabelos – ou de prazer, que dispensa comentários. E, aliás, estes são os únicos com os quais eles realmente se importam.
28 de Maio de 2004